Renato Arcanjo e o Baile Charm de Madureira

No Festival Back2Black, na noite do Baile Charm de Madureira, encontramos um gaúcho que reside no Rio de Janeiro desde 1994, e que desde então frequenta os bailes de Charm na cidade. Hoje em dia, Renato Arcanjo é considerado um dos menestréis destes bailes. Dr. Caiaffo conversou com ele e você tem, abaixo, a transcrição deste papo. Aproveite!

“Uma das razões que fizeram eu fixar berço aqui foi a música. A black music, sem a menor sombra de dúvida. É uma coisa que eu já gostava lá em Porto Alegre e não tinha espaço. O máximo que eu escutava lá era um Earth, Wind & Fire, um Prince, e adorava quando tocava na rádio. Mas era o máximo que se tinha. Aí eu lembro que, num dia de chuva aqui no Rio, a gente não pode sair do Centro da cidade e eu fiquei ali pelo Centro, e aí fiquei perto do Bola Preta e comecei a escutar este tipo de música. Aí fui lá, subi, e era um baile de negrão, só tinha negrão, eu era o único branco que tinha lá. Todo mundo me olhando estranho pra caralho. Pô, mas era a minha música, não é? A música está associada à etnia da gente, eu tenho mistura como todos nós temos. Então, porra, eu me senti em casa mesmo sendo o único branco num baile que só tinha negrão. E aí foi o primeiro dia, foi o segundo dia, isso foi em 1995, foi o terceiro dia, o quarto dia, no quinto eu já estava dançando, me integrei com o pessoal, fiz amizade e, de lá pra cá, todas as quintas-feiras da minha vida, a não ser quando a minha mulher vai ganhar nenê, já temos quatro, eu frequento o baile que antes era no Bola Preta e agora é na Estudantina, e que tem as suas variações originárias lá no Vera Cruz, onde começou esta história toda, tem no Disco Voador, lá em Marechal Hermes, e no Viaduto Negrão de Lima, em Madureira. Então é um baile que está espalhado pela cidade, ele nasce na periferia, na região de Madureira, e vai se espalhando pelo Rio de Janeiro. E aqui a gente vê este movimento hoje, crescendo cada vez mais, é difícil porque a mídia é muito forte pra música branca, pra música comercial, pra música descartável, uma questão eminentemente financeira, mas a gente costuma dizer o seguinte: a gente aprendeu música, lá nos nossos primórdios, com os índios e os negros contando histórias para os seus filhos através da música, as mães embalando seus filhos e cantando, não é? Então a música tem uma origem muito importante, está associada à alma da gente. E pra quem gosta de música, gosta de black music, gosta de dança, é o espaço que a gente encontra pra manifestar aquilo que tem de mais forte dentro da gente.”

Dr. Caiaffo e Renato Arcanjo, no Back2Black Festival

“O baile de Charm é uma característica bem carioca. Ele nasce lá em Vera Cruz, nos bailes de Vera Cruz, e nasce com estes caras que estão tocando agora, que são o Corelo e o Fernandinho, que são dois DJs aficionados pela black music, e que lá nas décadas de 70 e 80 eles começam a tocar este tipo de música, influenciados por Earth, Wind & Fire, Marvin Gaye, esta turma toda. Aí começam estes bailes com a soul music. Começa a Motown, estas coisas todas, então começa um movimento aqui no Rio de Janeiro com estes dois DJs, Corelo e Fernandinho. E o nome baile de Charm vem pelo tipo de vestimenta. Eles buscam com este baile resgatar a cultura negra, resgatar o negro presente na sociedade através de uma das coisas que ele tem de bom, que é a música, o swing. Aí o que acontece? Com este resgate de autoestima do negro, então o próprio DJ influenciava pra ele se vestir bem, pra não estar maltrapilho, relaxado, de bermuda, ele tem que se vestir bem. Então, o que aconteceu? Nestes primeiros bailes de Charm, o pessoal começava a ir bem vestido, não tinha este nome, baile de Charm, mas – por conta desta autoestima resgatada –, inclusive na vestimenta, porque o pessoal ia de gravata, bacana, conforme os cantores americanos da década de 70 também, cantando de gravatinha, todo mundo bacana, então isso foi reproduzido aqui. Então o que aconteceu? Porra, o negrão tá charmoso… A vestimenta do pessoal e o estilo do pessoal dançar aquela black music com todo o swing, isso acabou dando o nome de baile de Charm, que tem a origem no R&B e na soul music basicamente. Ainda não tem aí, ainda é muito longe do hip-hop. Tanto é que o pessoal do Charm, se tu falas em hip-hop, eles ficam meio malucos, não gostam muito. Estão começando a aceitar mais só agora. Mas o baile de Charm tem este histórico, ele começa, ganha este nome através da vestimenta e do estilo de música pro negrão dançar, e acaba difundindo. Ele passa pelo Disco Voador, lá em Marechal Hermes, ele passa pelo Bola Preta, aí ele ganha uma força muito grande no viaduto Negrão de Lima. Por quê? Principalmente porque lá é um berço da música negra, é samba, é pagode, é chorinho, ou seja, é o Charm, é a soul music… aquela comunidade daquela região da Zona Oeste do Rio de Janeiro tem a música na veia, porque é uma comunidade basicamente de negros, entendeu? E cantam, e dançam, e tem sarau, e tem feijoada, tem pagode pra tudo quanto é canto. Quer dizer, a música está presente nas esquinas, quando estão fazendo um churrasquinho, entendeu? Então por isso que lá deu muito certo, porque lá o pessoal tem muita necessidade desta manifestação e tem isso no sangue. E ainda teve o apoio da Prefeitura, teve o apoio das rádios, teve o apoio dos DJs, porra… a entrada lá é R$1,00!! Ou seja, é uma entrada simbólica. Ele quer realmente integrar a comunidade pobre, trazer ela pra se divertir, pra brincar com aquilo que ela mais gosta. Por exemplo: aqui, o que é que está acontecendo hoje? O ingresso foi R$90,00 à guisa de black music, de integração, mas o que é que aconteceu? Foi todo ele patrocinado, não poderia ser mais barato pro pessoal de baixo poder aquisitivo ter uma maior presença? Isso aqui poderia estar mais cheio e com gente que realmente gosta, só que eles não puderam vir por conta disso, entendeu?”

 Baile Charm do Viaduto de Madureira (CULTNE – Acervo Digital de Cultura Negra)

“O interessante da black music é o seguinte: não tem como não fazer sucesso. Por exemplo, se a black music estivesse associada às gravadoras, às grandes gravadoras, ela arrebentava no mundo. Por quê? Porque ela é a única que tem uma característica 100% dançante. É impossível ouvir sem se mexer, entendeu? É só a música negra que tem isso. Não é porque o negro tem três bolas, não… é porque é a característica dele, porra! A música clássica não sai do negro, a música clássica é bonita pra caralho, mas sai de nórdicos. Então eu não vou querer que saia música clássica de negrão. Eu não vou querer também que saia de branco um swing destes que está tocando aqui, agora. Então é uma questão de respeito às características das etnias e das raças. Só que, como é coisa de negro, parece que é uma coisa menor, que o negro é uma coisa menor. Mas é todo mundo gente igual. A diferença que tem é das características, cada raça tem a sua habilidade. Negro tem a sua habilidade e a música negra tem isso, tem swing, é impossível ouvir sem dançar. E a gente nota o seguinte: praticamente todas as pessoas que estão no baile estão querendo dançar, elas olham quem está dançando e têm vontade de repetir, só que não conseguem. Não conseguem por quê? Porque isso não está num lugar comum do dia-a-dia. Se esta música estivesse num lugar comum do dia-a-dia do branco, ao invés de ser somente aquela música mecanizada, ele estaria sambando um pouco mais ao invés de ficar batendo pé e dando soco no ar. Ia ser uma coisa um pouco menos agressiva e um pouco mais swingada. Embora falem que tem agressividade por parte das comunidades negras, isso não, o negro é menos agressivo que o branco na sua origem. Então falta um pouco de black music pras pessoas sacudirem um pouquinho o rabo e deixar esta moral de cueca de lado, que é muito característica da nossa área lá… eu tive oportunidade de conhecer todos os municípios do Rio Grande do Sul, sem exceção, e eu me lembro uma vez, chegando de caminhão com o motorista da Caixa em algum lugar que eu não vou citar o nome, mas veio um monte de criança, ele era negro, e apontavam pra ele dizendo “negro, negro, negro”….então era uma novidade um negro naquela cidade, porque as pessoas pareciam não conhecer sequer um negro ao vivo. Nunca me esqueço porque o negrão não sabia onde se meter, porque era daqueles negros que alisava o cabelo, ou seja, também era um negro preconceituoso. Então todo este preconceito que está espalhado por tudo quanto é canto, eu tenho certeza absoluta, se a gente tivesse um pouco mais de proximidade, através da música, com a cultura negra, se expandisse isso, isso contribuiria, sem dúvida nenhuma, pra diminuir um pouquinho do preconceito existente.” 

“Eu, por exemplo, eu sou casado, tenho quatro filhos, por isso eu não posso estar circulando pelos bailes da cidade. Eu já fico feliz da vida pela minha mulher me liberar pra este baile. Então eu vou ao baile sozinho e ela sabe que eu vou pra dançar. Pra mim, dançar é um processo praticamente espiritual, ou seja, um culto. É uma relação energética maravilhosa. As coreografias [do Baile Charm de Madureira], elas nascem também da coreografia da black music, do Michael Jackson, desta turma toda. E aqui o que é que ocorre? Estas coreografias, por exemplo, tem muitas minhas, tem outras de outros amigos lá de Madureira, muitas do pessoal de Marechal Hermes, estas coreografias, elas vêm há anos. E tem uma turma nova que vai chegando, vai criando outras, eu mesmo já enchi o saco de criar, eu não crio mais, eu deixo os outros criarem. Então toda hora tem gente chegando nova, molecada nova chegando cheia de tesão e criando coreografias. O que eles fazem? Eles treinam em casa, um, dois, três, e levam pro baile, botam pro grupo, o grupo aceita e sai dançando, daqui a pouco isso vira febre na cidade toda. E é interessante! Eu, por exemplo, uma grande parte do pessoal que está aqui, a grande maioria é do baile do viaduto. Eu, particularmente, tenho ido pouco lá. Eu vou na Estudantina. Mas eu ponho as coreografias da Estudantina aqui e sai todo mundo dançando. É muito de característica. Sempre dá pra notar que tem uma ou outra liderança que se destaca pra puxar as coreografias, não é? Como eu já tenho bastante tempo de estrada, você sabe que o diabo é mais temido por ser velho do que por ser diabo propriamente dito, não é? Então a experiência conta pra algumas coisas. Então eu já sou respeitado como menestrel da dança pelo pessoal. Então a gente chega no baile, porque muito desta molecada aprendeu a dançar com a gente… então estas coreografias a gente põe e a maioria vem atrás porque já conhece. Quem não conhece vai fazendo um passinho e outro e vai pegando. Mas estas coreografias estão espalhadas pela cidade. Todos os bailes são praticamente as mesmas coreografias, e tem mais de quinhentas. O local de aprendizagem é no baile, é um troço muito bacana. Eu lembro quando eu comecei… tem que chegar humildezinho, ficar lá no fim. O cara que é malandro fica lá na frente puxando a coreografia… quem sabe mais fica na frente. O pessoal que fica lá na rabeira vai aprendendo, vai aprendendo, aí vai embora, vai sendo promovido, tem toda uma relação hierárquica nestes bailes, que a gente, às vezes, passa desapercebido, mas tem toda uma relação também hierárquica. Ou seja, quem dança há mais tempo, quem dança bem, tem uma empatia maior com o pessoal, esses acabam fazendo com que o pessoal repita suas coreografias. Tipo assim: o cara chegou, não dá pra se meter, deixa o cara puxar a porra do baile, entendeu? É mais ou menos assim.”

Fonte: Blog Black Paradise (http://maurycio.wordpress.com/)

“Tem um funk que diz assim: qual a diferença entre o Charm e o funk? Então tem um respeito muito grande. Tem tudo. O que ocorre? Pelo fato do pessoal do Charm ser mais cascudo, do Charm, ele nasce com o pessoal mais de meia idade e a molecada vem atrás. Então ele tem um respeito maior. As coreografias do Charm são mais difíceis que as do funk, muito mais. Então isso também faz com que o pessoal respeite. Ou seja, a questão da dança é esta questão dos duelos mesmo. Quem produz mais, toma conta, acabou. Então tem este respeito muito grande do pessoal do funk pelo pessoal do Charm. O funk é a música eletrônica do Rio de Janeiro. Não tem diferença nenhuma, entendeu? Tem um pouco de batida diferente, mas o próprio DJ Marlboro costuma dizer que o funk é a nossa música eletrônica. A mesma coisa, não tem diferença nenhuma. A diferença que tem entre as comunidades é que a comunidade do funk é muito grande, ela está presente em todos os morros e o Charm não. Charm não é a dança do moleque, Charm é a dança do pai do moleque. O moleque que participou do funk hoje, quando ele estiver lá com seus trinta, trinta e poucos, ele vai curtir o Charm. O filho dele, os filhos dele, ou seja, é uma progressão mais geométrica do que aritmética, os filhos dele, ou seja, a comunidade do funk é muito maior por causa da molecada. Tem muito mais moleque do que velho, entendeu? Então esta é a razão principal pra comunidade ser maior. Outra questão fundamental: o funk já está na mídia há muito tempo, na mídia particular, mas na mídia da comunidade, na mídia do gueto, na rádio lá da própria comunidade. O pessoal quer invadir mesmo, o pessoal aqui no Rio é muito atrevido, e isso é bacana, ele quer invadir, ele quer tomar conta, ele não aceita submissão. Isso, de uma forma geral, todo mundo até aceita, mas não é muito como o negro gaúcho, que aceita esta submissão diante do branco, entendeu? Então ele quer se manifestar… não só se manifestar, porra, ele quer ser ouvido também! Então ele vai pra guerra pra ser ouvido! Esta é uma diferença muito grande. Por isso que o funk consegue atingir um número maior, porque a comunidade é mais organizada, é molecada e é mais aguerrida. Por consequência, não dá pra comparar a força do idealismo de um adolescente com um coroa de trinta e poucos anos que tem que alimentar os seus filhos. Então esta é a diferença entre o Charm e o funk. “ 

“A nata é a Lapa, malandro. A Lapa é uma maravilha, é uma explosão de black music. Eu, no sábado passado, fui com a minha filha, que tem 13 anos, é a mais velha, e ela queria assistir RAP, então teve uma apresentação de seis bandas de RAP, Negra Li, o Marechal, que eu conheci lá, bom pra caralho, então eu fui lá com ela. Cheguei lá às onze hora e saí de lá às 5 da manhã. Uma maravilha pujante! Pujante! A Lapa, no início da Mem de Sá, próximo ali ao Asa Branca, tem pelo menos uns 10 bares, um do lado do outro, com todo o tipo de black music que tu podes imaginar. Ela começava no Asa Branca com o Charm, com uma música negra, com samba, agora tem muito forró, mas aí em seguida é disco music, é afro music, é samba, é pagode, é chorinho, é RAP, é hip-hop pesado, é Charm… e é interessante que este complexo está aumentando porque o Centro do Rio está enriquecendo. Por exemplo, a Estudantina fica na Praça Tiradentes, que fica integrada à Lapa pela Lavradio. E isso tá fechando! A Praça Tiradentes hoje está arrumada, tá limpa, e sempre foi um pólo cultural, tem teatros, tem centros culturais, tem música, então isso está integrando. A Lapa, de uma forma geral, indo até a Praça Tiradentes, aquilo ali vai ser o reduto da divergência musical, que tem por grande força a black music.”

 

VooDoo no Back2Black Festival (RJ)

Nos dias 26, 27 e 28 de agosto realizou-se, no Rio de Janeiro, a terceira edição do Back2Black, festival dedicado à música e à cultura negra. Junto com o BMW Jazz Festival, a noite black da Virada Cultural de São Paulo e o festival Black na Cena, formou o que parece ser a agenda de grandes eventos do gênero no Brasil neste ano de 2011. Ainda aguardamos as atrações de groove do Rock In Rio, no dia 29 de setembro, mas tendo prestigiado no todo ou em parte todos os demais, podemos dizer que foi um ano de luxo em terras brasileiras.

Grandes patrocinadores, grandes atrações, nomes de peso… Por outro lado, ingressos com valores bastante apimentados. O cenário: a antiga estação férrea Leopoldina, agora dedicada a eventos culturais de tal dimensão. E começamos por aí, a Leopoldina: dentre os inúmeros locais que a cidade do Rio de Janeiro dispõe para a realização de eventos deste porte, definitivamente a Leopoldina é um dos mais bacanas. O antigo prédio da estação, estendido no fundo através das antigas plataformas de embarque e desembarque, onde ainda hoje ficam estacionadas composições que já rodaram pelos inúmeros trilhos que ligavam a capital a municípios da região metropolitana, do Estado e do país, é um espetáculo singular. Os inúmeros eventos já realizados, e também as intervenções espontâneas nos trens, hoje em dia quase completamente grafitados, fazem com que a Leopoldina seja não somente um verdadeiro museu do transporte ferroviário carioca, mas uma grande mostra da arte de rua já produzida naquelas terras. Estivesse a estação mais bem conservada como patrimônio local e certamente ela poderia ser considerada como um dos lugares mais impressionantes para eventos do gênero no país. Fica a dica para os administradores e organizadores da cultura em solo nacional. A cenografia, composta em grande parte por intervenções d’Os Gêmeos, também merece destaque pelo cuidado e criatividade.

No todo, o festival – que também contemplou o dia 30, em São Paulo – foi muito bom. Afora problemas, sejam de ordem técnica ou de produção, além dos preços absurdos cobrados e da desistência surpresa e ainda sem explicação da maior atração, Prince, o saldo é positivo.

A VooDoo esteve lá, e Oster e Dr Caiaffo detalharão o evento aqui pro blog e também pra IpanemaFM (nossos eficientes emissores), no NBlog.

As fotos são do Rafa Rubim.

Ritual VooDoo e o inferno astral!

Doze meses sinistros! Neles, nosso Ritual VooDoo, crescendo a cada edição, acumulou seguidores fiéis. Participantes assíduos e cada vez mais novos adeptos vêm lotando o Cabaret, na Independência nº 590, pra provar do tão falado groove atormentador das segundas-feiras.

Pois começamos o inferno astral fazendo VooDoo pelas ondas de rádio da Oi FM com nosso parceiro Léo Felipe, no seu programa Pulp, na noite do dia 10.

Depois, nesta edição de fevereiro, dia 13, o convidado pra fazer VooDoo em Porto Alegre foi o grande Malásia. Outrora tirando o povo do eixo pela Ultramen, agora ele, vivendo no eixo do país, tornou à terrinha pra apavorar! Só quem lá esteve pra saber o que rolou. Mais uma noite de catarse, casa lotada, sonzera até segunda, começando a contagem regressiva pra próxima edição já no desligar dos toca-discos. As fotos do Peter Krause tão no nosso Flickr.

Foi também quando inauguramos um sonho antigo, o detalhe que faltava no nosso ritual: nossos bonecos VooDoo (parceria com a Mondo Trasho) completaram o clima e deixaram muita gente alucinada!

Tanta voracidade no groove nos levou até o berço brasileiro do funk, a cidade maravilhosa, capital carioca, convidados a fazer VooDoo por lá. O aniversário do nosso dançarino e irmão PC Capoeira, dia 19, também serviu de palco para o transe.

Batata: o descontrole já toma conta dos frequentadores do Ritual mais falado de Porto Alegre. Ninguém mandou; nós já sabíamos onde ia dar isso.

Nesse último ano o recado foi bem dado: lá em março de 2010 surgimos dizendo que quem comparecesse ao Ritual VooDoo seria tomado; e quem vivesse, voltaria! Agora, adentrando março de 2011, completando nosso primeiro aniversário, vemos que a palavra está sendo cumprida. Esperamos todos os participantes, antigos, novos, eventuais, assíduos, a estarem com a gente em corpo e alma, ou, na impossibilidade de levar o corpo, em alma, com muito soul, pra festejar a primeira de muitas voltas no calendário. Ah, e parabéns a todos os envolvidos, em todas as esferas, que fazem parte, de uma forma ou de outra, da VooDoo. Não percam dia 13/03 o Ritual de Aniversário!

Provando que derrubamos um paradigma atrás do outro, estamos aí mostrando que não existe essa coisa de inferno astral antes do aniversário: fizemos do ano inteiro um ANO INFERNAL!

VooDoo: O PESADELO DO POP!

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Rio de Janeiro: braços abertos para a VooDoo!‏

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